terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Estamos com fome de amor

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(Arnaldo Jabor)

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e
transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e
saem sozinhas.
Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram
sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos
"personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido
fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem
necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta
olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão
"apenas" dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa
marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.
Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar
a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de
nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos
ORKUT, o número de comunidades como:
"Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada
"Nasci pra ser sozinho!" Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em
meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase
etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada
dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz,
mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que
verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade
de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé,
brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer
ridículos, abobalhados, e daí?
Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando
bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser
feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito
brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais
volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um
problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê
pensar nele.
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada
de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não
dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o
nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter
bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois,
vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de
que vou me arrepender pelo resto da vida".


Antes idiota que infeliz!
 

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